quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Educação/Bom Senso

É impressão ou quanto mais o tempo passa os seres humanos se tornam tão complicados?

Cumprimentos como “bom dia!”, “boa tarde!”, “boa noite!”, “como vai?”, “tudo bem?”, “precisa de algo?”, “obrigado!”, ficam cada vez mais no passado... Hoje são usados “colé veio?”, “valeu!”, “vai se danar!” e outras palavras e termos que não devem ser citados. Ou até mesmo o cruel desprezo.

O fato é que as pessoas perderam o bom senso, deixaram de olhar o próximo como seu semelhante e passaram a observar estritamente o seu umbigo. Situações essas que observamos a todo o momento, podendo ser, tanto nas periferias, como nas mais altas classes sociais.

O ser humano tem uma errônea impressão, que falta de educação só vale para os menos favorecidos. Puro engano!... Pois não me refiro a educação escolar, e sim, a educação compartilhada com o bom senso de cada individuo; aquela educação/bom senso, que a pessoa percebe que “o seu limite acaba quando o do outro começa”.

Portanto, fazendo uma varredura dos dias atuais, percebe-se a falta de limites... O vizinho que quer escutar som nas alturas, do famoso Pablo que está no auge da mídia e das dores de cotovelos, mas não se interessa se na casa ao lado, tem alguém doente; se tem filho pequeno ou, até, se o seu vizinho está interessado em ouvir o mesmo tipo de música. Fumantes que precisaram de uma lei de proibição em lugares fechados, e tem aqueles que desrespeitam, não lembra que o fumante passivo sofre tanto ou mais do que os próprios. As construções e reformas fora de hora, em residências, em que você mora em baixo se submetendo as regras do seu vizinho que pensam que podem tudo; até andar de salto alto a altas horas da noite. Não podemos nos esquecer daquele individuo que adora jogar lixo no chão, das janelas de ônibus ou de carro, podendo causar um acidente, e ainda têm os lixos que se acumulam nas ruas, causando enchente e desabamentos; e os acidentes de carros causados por bebedeiras, que matam inocentes todos os dias... Será que necessariamente todos precisam de babás que avisem o quanto podem causar prejuízos a alguém? Será que precisamos sempre de uma lei ou de uma regra para nos podar?

Seria maravilhoso que todos passassem a pensar na educação/bom senso. Muitos desgastes poderiam ser evitados, principalmente o índice de violência que vem crescendo absurdamente, por que simplesmente todos resolveram olhar apenas para seu umbigo!

Pensemos nisso!

Thaiz Guedes (Thaiz Smile)

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Venha, mas se apresente...




 
Venha enganar minha inocência com seu sorriso meigo.
Me mostre segurança, timidez ou sutilezas...
Traga seus disfarces e mentiras
Para meu universo quieto e adormecido...
Camufle suas intenções pra invadir
Esse território com conversa fiada...
Inquieta é a sua mente que vive brilhando demais...
Sonolenta é a minha que anda sempre apagada...
Escute esse silêncio que afasta as tempestades
E minha surdez que te escuta nas madrugadas.
Minha aparência é delicada e traz um olhar cego que te enxerga...
Venha com seus truques cheios de falhas
Que por trás desse meu rosto pacato
Também existem habilidades desconhecidas...
Me traga flores e palavras saturadas,
Mas esteja pronto pra dificuldades...
Busque aqui dentro lugares que nem eu mesma explorei,
Mas não faça muralhas e nem construa paredes em mim...
Entre se despedindo e sem intenção de me despertar...
Meu sono é profundo demais, mas meu faro me envia sinais...
Não faça movimentos bruscos e nem me torne encurralada...
Em um impulso inconsciente eu posso acordar de repente...
E nessa história triste e confusa...
É você que se torna o inocente...

Fabiana Buono


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

VAIDADE - Texto escrito pelo escritor/poeta Luiz Menezes de Miranda.

A vida voa nas suas atitudes, esbarra no seu rosto, suja sua vaidade, corrompendo a sua certeza sem que você possa fazer nada. O que resta é reunir as ferramentas e reconstruir o que foi feito errado, com o que sobrou tentar reedificar agora com mais humildade. Reerga suas paredes que as dúvidas e as solidão marcaram com buracos e rachaduras. Tente rever as verdades e faça do seu coração a janela do perdão, pois é necessário em qualquer processo de reconstrução e também em nível de caráter.
É difícil, eu sei, mas tanto quanto necessário; sem esquecer de selecionar aqueles tijolos que se amontoaram, cada um com o seu significado, o que representam força de vontade, o da verdade, da paciência e o mais importante de todos, o do amor próprio. Dando prosseguimento ao processo de reconstrução, use tudo isso como alicerce.
Agora se deve esquecer o telhado de vidro, faça a substituição do mesmo, por carinho, amor, compreensão e respeito ao próximo. Agindo assim estará deixando a vaidade na sobra, desprezada, e também se preparando para tempestades futuras. 
Em relação ao solo seguro e firme, baseasse no companheirismo e na confiança. Essa é a base para as batalhas que vêm pela frente. Agora devo alerta que nada valerá apenas se você também não fizer uma faxina na alma. Alertando que não é só virar a página, tudo vai ser em vão caso você mantenha os mesmo personagens.
Olha, o seu pior inimigo, quero dizer o seu maior obstáculo é a sua vaidade, que simplesmente, lhe leva a solicitar os aplausos alheios, para em seguida formar uma opinião elevada de si mesmo. 
Na real, VAIDADE anda sempre com a carroça cheia de: presunção, frivolidade, futilidade, alarde, inanidade, jactância, orgulho, ostentação, soberba, ufania, vanglória. 
Como pesa essa carroça, não? 
Luiz Menezes de Miranda

sábado, 2 de novembro de 2013

Texto em que retrato uma experiência de vida, a dor e a impunidade. Encontra-se no livro Carta ao Presidente - Brasileiros em busca da Cidadania. Organizado por Carlos Souza Yeshua.



Digníssima Presidente da República
Thaiz Guedes

Há tanto a discutir sobre educação, moradia, fome, saúde, segurança, corrupção, políticas sociais, violência, drogas, mas imagino que a Vossa Excelência deve estar pensando como resolver tantos problemas que acometem nosso país. Então, resolvi usar está carta como um desabafo sobre a tristeza profunda que invade os corações de muitas famílias que tiveram um ente querido assassinado, muitos pelas mãos de seus companheiros e outros pela insegurança e desrespeito de outrem.
Digníssima, além da dor da perda há a dor da impunidade, uma dor que faz pensar: Será que realmente existe Justiça nesse país? Numa busca constante por justiça, a sensação que passa é que teríamos direito de matar uma pessoa, porque todos dizem que por ser réu primário, a Justiça defende, solta ou não leva mais que dois anos preso, e aí perguntamos: onde fica o direito daquele que foi ceifado a vida?
Deve-se acreditar que é uma Justiça que defende o algoz e não a vítima? Morta, violada no seu “direito de viver”, item que consta na Carta Magna, no artigo 5º da Constituição Federal. No entanto o que é verdadeiro nessa Carta, muito bonita, mas infelizmente, com tantos direitos violados. Tenho como exemplo dessa indignação, que acomete também a minha família, que no dia 24 de dezembro de 2010, uma noite que deveria ser comemorado o nascimento de Jesus Cristo, meu irmão Thaine Guedes, foi assassinado a facada de maneira cruel e covarde pela companheira, autora confessa do crime, e que está solta por que fugiu do flagrante e depois se apresentou com advogado. Portanto, quanto tempo ainda; muitas famílias terão que esperar para se ter uma Justiça pronunciada de maneira real e coerente.
Pagamos nossos impostos, que não são utilizados de forma correta, mas é um dever do cidadão que é cumprido nem que seja na mínima compra de um bombom. E quando será cumprida a parte que cabe aos governantes?
Digníssima Presidente, a tristeza invade muitos corações porque a Justiça demora a agir, pessoas brincam de fazer justiça, não ligam para os problemas dos outros, assim aumentando, e muito, a violência no país, voltando ao tempo do ”olho por olho, dente por dente”. Espero que Vossa Excelência, sendo uma mulher, consiga fazer a diferença.
Sem mais,
Thaiz Guedes Pereira.